Comunicado de organizaciones de la sociedad civil : Fundación Karisma

COMUNICADO DE ORGANIZACIONES DE LA SOCIEDAD CIVIL SOBRE LA DECISIÓN DEL GOBIERNO ARGENTINO DE NEGAR LA ACREDITACIÓN DE EXPERTOS Y ACTIVISTAS PARA PARTICIPAR EN EL DÉCIMO PRIMER ENCUENTRO MINISTERIAL DE LA ORGANIZACIÓN MUNDIAL DEL COMERCIO

Las organizaciones no gubernamentales que firman la presente nota manifiestan públicamente su profundo descontento con la sorprendente e infundada decisión del Gobierno argentino de negar la acreditación a investigadores, expertos y activistas para participar de la undécima reunión ministerial de la Organización Mundial del Comercio (OMC), que se celebrará en Buenos Aires entre el 10 y el 13 de diciembre de 2017.

Organizaciones como Derechos Digitales, basada en Chile y trabajando en America Latina, y Red Brasileña de Integración de los Pueblos (Rebrip), en Brasil – junto con otras organizaciones civiles de Argentina, Bélgica, Finlandia, Holanda, Reino Unido – recibieron una notificación esta semana de que su inscripción oficial previamente aceptada por la OMC, y en contra de la voluntad de esta última, fue cancelada por “autoridades de seguridad” del gobierno argentino, sin expresión de ninguna explicación razonable y legítima.

Se trata de un movimiento inédito y absolutamente antidemocrático. La decisión del Gobierno argentino, informada por e-mail por los organizadores del encuentro ministerial, impide que las discusiones en el marco de la Organización Mundial del Comercio sean auditadas por la sociedad civil, impidiendo el ejercicio del multisectorialismo y la construcción democrática de acuerdos internacionales que afectan los derechos de todos los ciudadanos y ciudadanas del mundo.

No aceptamos que a expertos y activistas simplemente se les “aconseje no viajar a Argentina” sin explicaciones claras de (1) cuáles son los problemas de seguridad tomados en cuenta por el Gobierno argentino para tomar tal determinación, (2) la identificación de las autoridades que han tomado esta decisión y (3) el fundamento de la particular exclusión de organizaciones involucradas con la agenda de comercio electrónico y de derechos digitales.

Pedimos solidaridad y apoyo de organizaciones civiles de América Latina y del resto del mundo. También invocamos el apoyo de la OMC y de nuestros gobiernos, muchos de los cuales han creado instancias específicas de participación de la sociedad civil en la agenda de comercio, y valoran las discusiones multisectoriales en la construcción de la agenda de comercio internacional. Exigimos que el gobierno argentino revise su decisión de impedir la participación democrática de entidades no gubernamentales.

Exigimos explicaciones claras y fundamentadas de lo ocurrido por parte del Ministerio de Relaciones Exteriores argentino.
Santiago, 30 de noviembre de 2017
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Brasil
Fundación Karisma, Colombia
Hiperderecho, Perú
Derechos Digitales, America Latina Red en Defensa de los Derechos Digitales, Mexico
TEDIC, Paraguay
Access Now, International Public Knowledge, USA
IPANDETEC, Panamá
Asociación por los Derechos Civiles, Argentina
Ibidem, Brasil
Intervozes, Brasil
Proteste, Brasil
Actantes, Brasil
Casa da Cultura Digital, Brasil
Garoa Hacker Clube, Brasil
Movimento Mega, Brasil
Contee, Brasil

Ciranda Comunicação Compartilhada, Brasil MANIFESTAÇÃO PÚBLICA DE ENTIDADES CIVIS SOBRE DECISÃO DO GOVERNO ARGENTINO DE DESCREDENCIAMENTO DE PROFISSIONAIS E ATIVISTAS DO DÉCIMO PRIMEIRO ENCONTRO MINISTERIAL DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO

As organizações não governamentais que assinam a presente nota vêm a público demonstrar profundo descontentamento com a surpreendente e infundada decisão do governo argentino de descredenciamento de pesquisadores, profissionais e ativistas para participar da décimo primeiro encontro ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), que será realizado em Buenos Aires entre 10 e 13 de dezembro de 2017.

Organizações como Derechos Digitales, baseada no Chile e trabalhando na América Latina, e Rede Brasileira de Integração dos Povos (Rebrip), no Brasil – juntamente com outras organizações civis da Argentina, Bélgica, Finlândia, Holanda, Reino Unido – receberam uma notificação esta semana informando que suas inscrições oficiais, previamente aceitas pela OMC, haviam sido canceladas por “autoridades de segurança” do governo argentino sem nenhuma explicação razoável e legítima.

Trata-se de movimento inédito e absolutamente antidemocrático. A decisão do governo argentino, informada por e-mail pelos organizadores do encontro ministerial, impede que as discussões no âmbito da Organização Mundial do Comércio sejam auditadas pela sociedade civil, impedindo o exercício de multissetorialismo e construção democrática de acordos internacionais que afetam os direitos de todos os cidadãos e cidadãs do mundo.

Não admitimos que profissionais e ativistas simplesmente sejam “desaconselhados a viajar a Argentina” sem explicações claras de (1) quais são as questões de segurança levadas em consideração pelo governo argentino, (2) a identificação das autoridades que tomaram essa decisão e (3) o fundamento da particular exclusão de organizações notoriamente envolvidas com a agenda de comércio eletrônico e direitos digitais.

Pedimos solidariedade e apoio de organizações civis da América Latina e do resto do mundo. Também convocamos o apoio da OMC e de nossos governos, muitos dos quais criaram instâncias específicas de participação da sociedade na agenda do comércio e que valorizam as discussões multissetoriais na construção da agenda de comércio internacional. Exigimos que o governo argentino reveja sua decisão de impedir a participação democrática de entidades não governamentais. Exigimos explicações claras e fundamentadas pelo que ocorreu por parte do Ministério de Relações Exteriores da Argentina.
Santiago, 30 de novembro de 2017

Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Brasil
Fundación Karisma, Colombia
Hiperderecho, Perú
Derechos Digitales, America Latina Red en Defensa de los Derechos Digitales, Mexico
TEDIC, Paraguay
Access Now, International Public Knowledge, USA
IPANDETEC, Panamá
Asociación por los Derechos Civiles, Argentina
Ibidem, Brasil
Intervozes, Brasil
Proteste, Brasil
Actantes, Brasil
Casa da Cultura Digital, Brasil
Garoa Hacker Clube, Brasil
Movimento Mega, Brasil
Contee, Brasil

STATEMENT OF ORGANIZATIONS OF CIVIL SOCIETY ON THE DECISION OF THE ARGENTINE GOVERNMENT TO DENY THE ACCREDITATION OF EXPERTS AND ACTIVISTS TO PARTICIPATE IN THE TENTH FIRST MINISTERIAL MEETING OF THE WORLD TRADE ORGANIZATION

The non-governmental organizations that sign this note publicly express their deep dissatisfaction with the surprising and unfounded decision of the Argentine Government to deny accreditation to researchers, experts and activists to participate in the eleventh ministerial meeting of the World Trade Organization (WTO), which will be held in Buenos Aires between December 10 and 13, 2017.

Organizations such as Derechos Digitales, based in Chile and working in Latin America, and the Brazilian Network for the Integration of Peoples (Rebrip), in Brazil – together with other civil organizations in Argentina, Belgium, Finland, the Netherlands, the United Kingdom – received a notification week that its official registration previously accepted by the WTO, and against the will of the latter, was canceled by “security authorities” of the Argentine government, without expression of any reasonable and legitimate explanation.

It is an unprecedented and absolutely undemocratic movement. The decision of the Argentine Government, informed by e-mail by the organizers of the ministerial meeting, prevents the discussions within the framework of the World Trade Organization from being audited by civil society, preventing the exercise of multisectorialism and the democratic construction of international agreements that affect the rights of all the citizens of the world.

We do not accept that experts and activists are simply “advised not to travel to Argentina” without clear explanations of (1) what are the security problems taken into account by the Argentine Government to make such a determination, (2) the identification of the authorities who have taken this decision and (3) the rationale for the particular exclusion of organizations involved with the e-commerce and digital rights agenda.

We ask for solidarity and support from civil organizations in Latin America and the rest of the world. We also invoke the support of the WTO and our governments, many of which have created specific instances of participation of civil society in the trade agenda, and value the multisectoral discussions in the construction of the international trade agenda. We demand that the Argentine government review its decision to prevent the democratic participation of non-governmental entities. We demand clear and wellfounded explanations of what happened on the part of the Argentine Ministry of Foreign Affairs.

Santiago, 30th of November 2017
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Brasil
Fundación Karisma, Colombia
Hiperderecho, Perú
Derechos Digitales, America Latina Red en Defensa de los Derechos Digitales, Mexico
TEDIC, Paraguay
Access Now, International Public Knowledge, USA
IPANDETEC, Panamá
Asociación por los Derechos Civiles, Argentina
Ibidem, Brasil
Intervozes, Brasil
Proteste, Brasil
Actantes, Brasil
Casa da Cultura Digital, Brasil
Garoa Hacker Clube, Brasil
Movimento Mega, Brasil
Contee, Brasil